A impressão de fotografia a três cores obriga a um perfil específico, neste caso da colorlibrary.ch (Suíça), utilizado no Photoshop. Depois de converter a imagem para o perfil escolhido, grava-se em formato DSC 2.0 e fica desse modo pronta a ser importada no Illustrator ou InDesign (aqui o design foi elaborado no Illustrator). As separações são efectuadas na janela de impressão.
Para este tipo de trabalho que obriga a um acerto mais preciso (sempre dentro dos limites muito vagos da risografia), utilizamos papel 250x340mm, em vez do habitual 340x500mm, o que aumenta os custos. Também gasta mais papel de testes e acertos. A impressão é efectuada directamente do Illustrator e não através de um PDF que a máquina por algum motivo tem dificuldade em interpretar neste formato de papel.
Estes mini-prints que acompanham o livro estão impressos a 90lpi sobre papel Munken Pure de 240g.
Etiqueta: photoshop
Em ficheiros independentes


Uma forma de imprimir em risografia é separar as cores em ficheiros independentes. A cada cor corresponde o seu respectivo ficheiro. Para evitar mal entendidos, devem ser atribuídos nomes relevantes como por exemplo yara1-yellow.tiff, yara1-red.tiff. Junto deve ser enviado um terceiro ficheiro em baixa resolução com o aspecto final do trabalho.
O exemplo é da autoria de Yara Kono. A Yara edita habitualmente no Planeta Tangerina e devem ir lá verificar os seus livros.


Converter imagens para bitmap

Quando se tem de determinar o tipo de ficheiro a utilizar na Risografia, analisa-se a imagem a imprimir. Se for uma imagem à base de meios tons, o ideal é tê-la em greyscale com 200ppi (é suficiente); se for uma imagem com muito poucos meios tons, o ideal é convertê-la para bitmap e controlar no Photoshop o tipo de trama a imprimir, em vez de deixar ao critério da Riso, muito mais imprevisível. No exemplo seguinte, a imagem foi convertida para 600ppi com diffusion dither.



Se for uma imagem sem praticamente nenhum meio tom, ou seja preto (uma cor) puro e branco puro, utiliza-se o 50% Threshold — independentemente de no ecrã ficar com um aspecto mal definido e às escadas é o que se pretende na impressão, não o aspecto suave sem qualquer definição que se vê por todo o lado. A escolha da resolução prende-se com o máximo da máquina, se fosse para imprimir noutra técnica seria o máximo também, até aos 2540ppi do offset.
Seguidamente podem ver os resultados de converter uma imagem em greyscale para bitmap (clicar nas imagens para aumentar).




O halftone screen tem várias opções para formato do ponto (round, diamond, ellipse, line, square e cross) que acabam por depender do resultado pretendido e do gosto pessoal. Cada um tem de experimentar e ver.
Já o número de linhas (frequency) em termos de máximo depende totalmente do meio, no caso da Risografia seriam umas 90 linhas. O mínimo uma vez mais, depende resultado pretendido e do gosto pessoal, quanto menos linhas mais “low-fi” e menos definida fica a imagem. Com muito poucas linhas acaba por ser uma abstracção (com bolas enormes se for escolhido o formato round).
O exemplo aqui apresentado é da cassete Black Taiga/Melanie is Demented editada pela MMMNNNRRRG.